Presidente da Câmara aponta orçamento impositivo como uma das soluções para questão ambientalSupremo Tribunal Federal - 22/09/2020 |
Segundo Maia, os recursos do Fundo do Clima não foram contingenciados em 2019, mas, na verdade, simplesmente não foram executados. “A partir deste ano, isso não é só inaceitável, é inconstitucional. Espero que o STF, a partir deste grande trabalho de reflexão, seja capaz de contribuir com a construção de saídas para esse estado de coisas inconstitucional, que atinge as políticas de proteção ao meio ambiente do país”, afirmou. Ele informou que o Fundo do Clima tem uma dotação de cerca de R$ 359 milhões ao ano desde sua criação. Em 2020, o valor destinado ao fundo, disse, ficou em R$ 239 milhões, cerca de 67% da média histórica. Em 2019, o valor também estava na média, mas, segundo o parlamentar, a execução efetiva dos recursos ficou próxima de zero. De acordo com Maia, com a aprovação do orçamento impositivo, agora é o momento de se criar meios de fiscalização e controle de impor ao agente público negligente a responsabilidade por frustrar de forma imotivada a aplicação de recursos destinados pelo Poder Legislativo a políticas públicas de concretização de direitos fundamentais. Ele acrescentou que, para a Câmara dos Deputados, o compromisso com o meio ambiente saudável não se encontra no âmbito de uma disputa política. “Esse compromisso foi firmado pelos constituintes, há mais de 30 anos. É um dever incontornável de todos os agentes públicos”, concluiu. A audiência pública foi convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 708, ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Rede Sustentabilidade. RR/EH |
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